quarta-feira, 26 de setembro de 2007
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Cheguei...
...À brilhante conclusão que não serves para nada. Nem para me lembrar de ti, até isso me faz mal. Tenho pesadelos e isso é muito chato. És uma grande perda de tempo, diga-se. E tive este tempo todo a pensar
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
uffaaa que desafio !!!
Fui desafiada pelo andré do Estado Alpha a fazer o seguinte:
1. Pegar no livro mais próximo.
2. Abri-lo na página 161.
3. Procurar a quinta frase completa.
4. Transcrever a referida frase no blog.
5. Não vale escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar obrigatoriamente o mais próximo).
6. Finalmente, passar o desafio a cinco pessoas
Bem eu digo desde já que não costumo achar muita piada a estas correntes mas já que a do Sr. André saiu tão cómica, eu decidi fazer, pode ser que no meu caso me calhe alguma coisa minimamente poética, quiçá.
“Não vales nada, és uma desavergonhada que não respeita nem a si própria”
E agora tenho que passar o desafio não é?! Então os pobres coitados serão:
A minha joaninha de Conversa e chá
O Daniel do Unappearence
O Sr. Xinelo do Café do Fausto
A minha irmã do Bledine Lunática
E a Catarina do Neverland…
E pronto tenho dito.
sábado, 1 de setembro de 2007
A Ultima
Meu Querido,
Escrevo-te esta carta como tantas outras que te escrevi durante este ano que passou, lentamente na tua ausência.
Hoje dei comigo a olhar o douro, e a não ver nada, senão água a correr bastante devagar e uns barcos de quando a quando, tão lentos como as águas. Sabes, meu caro, dei comigo a não ver nada mas a pensar em tudo, em ti sim, como sempre.
Sabes sinto-me cansada e basicamente esgotada de passarem sempre as mesmas ideias e recordações pela minha cabeça. Tu como centro, sempre, sempre, e eu a ver tudo de fora. Por muito que me custe dizer-te, e convencer-me a mim mesma também, sim eu sei que não significo nada aos teus olhos, e mesmo assim continuo a escrever-te. Enquanto olhava o nosso rio, meu querido, senti que nunca o fora, nosso pelo menos, seria meu apenas porque só eu lá vou para pensar em ti e como gostava que lá estivesses comigo. Deves estar a achar o tema desta carta estranho, e até me estranhas a mim, mas deixa-me acabar.
Eu sei que nunca te disse nada, eu sei que sempre esclareces-te tudo desde o principio e eu aceitei, meu querido, porque assim podia estar mais perto de ti, conhecer-te mesmo com as tuas duvidas e inseguranças, que como costumas dizer, só me confidencias a mim. Mas hoje, hoje sim, comecei a duvidar da tua sinceridade e dos meus sentimentos por ti. Serei mesmo eu a única que te ouve? E as outras com quem dormes esporádica e apaixonadamente? Podes dizer-me como consigo aguentar isto, assim, sozinha? E como não posso duvidar se isto é amor, ou uma estúpida obsessão pela tua maneira de ser? Não sei, querido, não sei nada. E foi a essa conclusão que cheguei hoje à tarde, quando o sol batia no rio e nas janelas da ribeira.
Lembrei-me daquela noite, em que bebeste demais, e estavas perfeito com os ânimos todos exaltados, e do nada me deste um beijo apaixonado, como se eu não fosse “apenas eu”, e me agarraste ali mesmo na rua. Sabes, que é nisso que penso sempre que passo naquele mesmo sitio, todos os dias a caminho de casa? E alias todos os dias desde esse dia, em todas as ocasiões? Eu penso que sabes. E que também reparaste nos meus olhos, quando no dia seguinte me disseste que não te lembravas de nada, sim querido, estava a chorar por dentro, e por fora queria mostrar-te que para mim também não tinha significado nada. Mas foi a noite mais feliz da minha vida, digo-te agora.
Meu querido, decidi no caminho de volta para casa que tenho de dar um novo rumo à minha vida, deixar de te amar desta maneira e voltar a ter descanso de alma. Por isso vou deixar de te escrever. Não precisas de me responder, não quero que me tentes com a tua adorável simpatia. Não quero que te culpes de nada, porque sei que ainda te amaria mais, se é que isso é possível. Não estou chateada contigo, o amor não me permite, mas preciso de um tempo de ti, consegues perceber-me? Como tantas vezes eu te percebi?!
Por favor cuida-te, e não deixes de te alimentar direito só porque eu não te relembrarei de comer fruta.
É um adeus, meu amor.
Cuidadosamente,
“ Benedita”