quinta-feira, 12 de junho de 2008

Se te vejo

quando te vejo sinto tudo estranho
sinto formigueiros nos pés,
sinto um arrepio na espinha, quando te vejo.

quando te vejo sinto calor,
sinto-me como a relva em dia de chuva,
sinto o mundo feliz, quando te vejo.

quando te vejo tudo muda,
eu mudo de certeza porque me sinto,
e sinto-me melhor quando te vejo.

quando te vejo parece que fica sol,
as flores crescem mais bonitas,
e os carros andam mais devagar quando te vejo.

quando te vejo mesmo sem querer,
parece que brilhas como as estrelas,
e sinto-me criança quando te vejo.

quando te vejo lembro-me de rir,
lembro-me do sabor de diospiro,
e do som do mar quando te vejo.

quando te vejo apetece-me beijar,
apetece-me tocar na tua mão,
e cheirar o teu cabelo quando te vejo.

quando te vejo quero seguir os teus olhos,
quero seguir os teus passos,
e o teu calor quando te vejo.

quando te vejo esqueço-me do resto,
esqueço-me do mundo,
e só te vejo a ti quando te vejo.

quando te vejo não sei o que sinto,
não sei como defenir,
a não ser que sinto isto tudo,
e mais quando te vejo.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Duvida

E numa conversa ligeira perguntaram-lhe qual era o papel dela no mundo, para que achava que tinha sido criada, qual o seu lugar. Fez-se silêncio. Silencio profundo. E ela não respondeu. Não sabia.