quinta-feira, 28 de maio de 2009
a noite
Quando a luz entra em mim quero agarrar a vida à terra nos meus pés, a energia electrizante do nada inunda sem saber donde vem. Amanhacer num estado de morte estática que se faz sentir no ar sem dó, num som abafado pelo nada, sinto a luz com vontade de vida. No passar das horas vai desvanecendo sem razão aparente de ser, e no cair da noite tardia o estático sombrio abate sobre mim a estatua da dor. Embalada pela inércia deixo-a entrar lentamente sem se notar, e dou pelo ar frenético em luta, sons a pairar em particulas desafinadas e sinto a sombra com vontade de vidas. Suga-me a vontade de sair daqui, deixa-me agarrada ao meu chão de marmore, sem contacto comigo. As notas que pairam formam uma melodia despida que toca em mim e sussura preságios de futuro. Adormeço para ver amanhacer. A noite não dura para sempre.
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