domingo, 2 de dezembro de 2007

A razão do serão

Sombras no chão, apelativamente cordiais,
Pretos e brancos, com castanhos sorriais,
Enchi o copo com que brindarás,
Espera, meu querido, sempre chegará.
Seriamente julgas-te senhor,
De todo o conhecimento e amor?
Estar à tua altura é onde não quero ficar,
Não quero estagnar.
Sentes o calor que sobe?
Sentes?
Aprecia o bom vinho que corre agora por ti,
Doce veneno, que com todo o gosto te servi
Sente, tal o ardor que me causavas no olhar,
Sente agora o amargo sabor da solidão,
Eterna, serena, sente-a porque corre por ti.
Sempre correu, só a quis intensificar
Cai, não te vou dar a mão,
Não me agarres, não supliques,
Não tenho dó de ti, espalha-te pelo chão,
Frio, impessoal e misterioso como tu.
Merecem-se.
Chora baixinho, insulta-me, grita.
Daqui a momentos, meu querido, ela chegará.
E tudo acabará.
Com sincero gosto meu.
Depois, vou sentar-me no teu cadeirão,
Vou esperar por ouvir o ultimo suspirar,
Vou beber do mesmo bom vinho,
E vou descansar. Voar. Respirar.

5 comentários:

code disse...

:s...

code disse...

porque achei o poema muito forte. mas deves ter as tuas razões para expressares esses sentimentos.

abraço,
André.

code disse...

sim claro. longe de mim chamar-te assassina lol.

não deixa é de ser um sentimento forte por trás do poema não é?

era a isso que me estava a referir.

abraço,
andré.

Tatá disse...

Perdoe-me a invasão, mas sempre leio blogs e vi seu blog por acaso. Lindíssimo seu poema. Cheio de sentimentos, e se não fosse assim, não seria um poema. Gostei do blog todo. Um abraço.

Anônimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu