terça-feira, 17 de julho de 2007
Ventos dançantes
Feliz feliz feliz. Sem razão aparente, feliz. Como os que sabem o sentido da sua vida, ou parecem sabê-lo, como os dementes que não conhecem o vazio que nos habita, como uma qualquer pessoa que observa uma obra de arte e um rio a correr. Feliz, como se amasse, sem amar. Ou amo, só já não te amo a ti e sim a todas as pessoas que me rodeiam e me fazem sentir calor, a todas as coisas que me é permitido viver, e o douro a correr, e o Tejo também porque não? Sim, feliz como já não me lembro. Feliz só por saber que não estou sozinha, que sou livre como o vento que passa agora pela janela aberta do meu quarto, vento quente e vento frio, tanto faz, sou livre e isso é que importa. Sou livre e amo o que quero e o que me faz sentir bem. Feliz, só isso. Só quero que esta sensação dure para sempre, embora saiba que isso é impossível. Para já vou aproveitar este sentimento de preenchimento e vou dançar como se nunca tivesse dançado antes, sem ninguém a ver, a musica a tocar dentro de mim, apenas sentir o chão aos meus pés e o vento a dançar comigo.
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