quarta-feira, 26 de setembro de 2007

vendo bem as coisas...

Espelhos da alma ou não...permitem-me ver a tua perfeição.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Cheguei...

...À brilhante conclusão que não serves para nada. Nem para me lembrar de ti, até isso me faz mal. Tenho pesadelos e isso é muito chato. És uma grande perda de tempo, diga-se. E tive este tempo todo a pensar em ti. Eu nem sei porque me dou ao trabalho de sequer estar a escrever sobre ti. Ui! e se desaparecesses da minha vida, isso é que era bonito. Cheguei à brilhante conclusão que nem num dia vulgar quero estar contigo, nem por estar calor ou sol, ou noite ou dia, tanto me faz realmente, porque não serves para nada. Basicamente é isso. Nem sei se alguma vez te questionaste sobre o que andavas a fazer da vida. Pois não o deves ter feito, até porque te ias assustar com a resposta: NADA. Ainda quis falar contigo para te explicar porque é que não te queria ver mais, mas no teu dia tão preenchido e atarefado a não fazer nada, não deu. Olha então eu é que não faço mais nada. Livro-me de ti assim, pode ser?! Não me dirijas mais a palavra, não me dirijas mais o olhar. Não quero saber nada de ti, não serves para nada. És um completo fosso ambulante, que cava a minha sepultura. Não quero saber de nada de ti, percebes? Foge de mim se for preciso, muda de rua para não te cruzares comigo, porque se por acidente chocas comigo, eu não sei o que acontecerá. Provavelmente, faço os disparates que sempre quis fazer e só não fiz para não te perder de vez. Mas agora chega. Quero distância. E se alguma vez na vida voltar a sentir mais alguma coisa por ti do que a indiferença que sinto agora, só pode ser pena mesmo, da tua triste pessoa. Afasta-te mesmo, já disse. Não quero pisar sequer o chão imundo que tu pisas, nem estar debaixo do mesmo tecto que tu. As palavras tornam-se completamente ridículas comparadas com a dimensão do nojo que sinto de ti. Que pena, diriam que sempre me fizeste tão bem, que andava sempre tão radiante. Que enjoo que me deu agora. Não te quero ver mais, percebido? E por favor, não me venhas com lamechices e coisinhas queridas, que não resulta. Para tua informação, eu nem sou gelo por dentro para me derreter com as tuas parvoíces, sou pedra mesmo. Vai dar uma curva, e não me apareças mais, nem em sonhos. Nem sei porque tanta gente te quer, sentimento estúpido. Pfff…o Amor! Desaparece-me da frente.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

uffaaa que desafio !!!

Fui desafiada pelo andré do Estado Alpha a fazer o seguinte:

1. Pegar no livro mais próximo.
2. Abri-lo na página 161.
3. Procurar a quinta frase completa.
4. Transcrever a referida frase no blog.
5. Não vale escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar obrigatoriamente o mais próximo).
6. Finalmente, passar o desafio a cinco pessoas


Bem eu digo desde já que não costumo achar muita piada a estas correntes mas já que a do Sr. André saiu tão cómica, eu decidi fazer, pode ser que no meu caso me calhe alguma coisa minimamente poética, quiçá.

Então o livro que está mais perto é o “Como água para chocolate” da Laura Esquivel e agora transcrevendo:


“Não vales nada, és uma desavergonhada que não respeita nem a si própria”

E pronto saiu uma frase bastante simpática.
E agora tenho que passar o desafio não é?! Então os pobres coitados serão:

A minha joaninha de Conversa e chá
O Daniel do Unappearence
O Sr. Xinelo do Café do Fausto
A minha irmã do Bledine Lunática
E a Catarina do Neverland…


E pronto tenho dito.

sábado, 1 de setembro de 2007

A Ultima

Meu Querido,

Escrevo-te esta carta como tantas outras que te escrevi durante este ano que passou, lentamente na tua ausência.

Hoje dei comigo a olhar o douro, e a não ver nada, senão água a correr bastante devagar e uns barcos de quando a quando, tão lentos como as águas. Sabes, meu caro, dei comigo a não ver nada mas a pensar em tudo, em ti sim, como sempre.

Sabes sinto-me cansada e basicamente esgotada de passarem sempre as mesmas ideias e recordações pela minha cabeça. Tu como centro, sempre, sempre, e eu a ver tudo de fora. Por muito que me custe dizer-te, e convencer-me a mim mesma também, sim eu sei que não significo nada aos teus olhos, e mesmo assim continuo a escrever-te. Enquanto olhava o nosso rio, meu querido, senti que nunca o fora, nosso pelo menos, seria meu apenas porque só eu lá vou para pensar em ti e como gostava que lá estivesses comigo. Deves estar a achar o tema desta carta estranho, e até me estranhas a mim, mas deixa-me acabar.

Eu sei que nunca te disse nada, eu sei que sempre esclareces-te tudo desde o principio e eu aceitei, meu querido, porque assim podia estar mais perto de ti, conhecer-te mesmo com as tuas duvidas e inseguranças, que como costumas dizer, só me confidencias a mim. Mas hoje, hoje sim, comecei a duvidar da tua sinceridade e dos meus sentimentos por ti. Serei mesmo eu a única que te ouve? E as outras com quem dormes esporádica e apaixonadamente? Podes dizer-me como consigo aguentar isto, assim, sozinha? E como não posso duvidar se isto é amor, ou uma estúpida obsessão pela tua maneira de ser? Não sei, querido, não sei nada. E foi a essa conclusão que cheguei hoje à tarde, quando o sol batia no rio e nas janelas da ribeira.

Lembrei-me daquela noite, em que bebeste demais, e estavas perfeito com os ânimos todos exaltados, e do nada me deste um beijo apaixonado, como se eu não fosse “apenas eu”, e me agarraste ali mesmo na rua. Sabes, que é nisso que penso sempre que passo naquele mesmo sitio, todos os dias a caminho de casa? E alias todos os dias desde esse dia, em todas as ocasiões? Eu penso que sabes. E que também reparaste nos meus olhos, quando no dia seguinte me disseste que não te lembravas de nada, sim querido, estava a chorar por dentro, e por fora queria mostrar-te que para mim também não tinha significado nada. Mas foi a noite mais feliz da minha vida, digo-te agora.

Meu querido, decidi no caminho de volta para casa que tenho de dar um novo rumo à minha vida, deixar de te amar desta maneira e voltar a ter descanso de alma. Por isso vou deixar de te escrever. Não precisas de me responder, não quero que me tentes com a tua adorável simpatia. Não quero que te culpes de nada, porque sei que ainda te amaria mais, se é que isso é possível. Não estou chateada contigo, o amor não me permite, mas preciso de um tempo de ti, consegues perceber-me? Como tantas vezes eu te percebi?!

Por favor cuida-te, e não deixes de te alimentar direito só porque eu não te relembrarei de comer fruta.

É um adeus, meu amor.

Cuidadosamente,

“ Benedita”